Que futuro para os territórios rurais?

2013-09-27

A conferência "O futuro dos territórios rurais - Desenvolvimento Local de Base Comunitária", organizada pela MINHA TERRA na passada sexta-feira, 20 de setembro, em Lisboa, com o apoio do Programa para a Rede Rural Nacional, reuniu mais de uma centena de atores locais, responsáveis da administração central, regional e local, académicos, representantes de organizações setoriais e outros agentes de desenvolvimento local.

Ao longo do dia, o auditório do Hotel da Estrela foi palco de interessantes e animadas discussões, que puseram em confronto as opiniões dos oradores, mas que convergiram também em aspetos fundamentais, designadamente na importância de preparar atempadamente o próximo período de programação, na oportunidade que a abordagem multifundos proporciona e no papel determinante dos Grupos de Ação Local (GAL) na dinamização dos territórios rurais.

Na sessão de abertura, a presidente da MINHA TERRA, Regina Lopes, e o consultor António Oliveira das Neves refletiram sobre os desafios que se colocam aos territórios rurais e aos GAL em particular, salientando é preciso olhar para as competências instaladas e apostar em parcerias "mais robustas".

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O primeiro painel sobre Coesão e Sustentabilidade Territorial contou com as intervenções de Frederico Reis, da Animar, Pedro Reis, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, João Vieira, da Confederação Nacional da Agricultura, Augusto Ferreira, da Confagri, Alfredo Cunhal Sendim, da Herdade Freixo do Meio, e David Machado, em representação do Fórum Cidadania e Território.

Moderado pela jornalista Fernanda Freitas, suscitou um intenso e interessante debate relativamente às causas das dificuldades das economias locais, ao papel da agricultura como elemento estruturante dos territórios rurais, aos modos de produção agrícola que contribuem para a sustentabilidade e os que a destroem, e para a necessidade de olhar para os territórios rurais com uma perspetiva integrada, o que considera necessariamente todas as outras atividades para além da agrícola.

Na parte da tarde, o painel dedicado à Competitividade das Economia Locais, contemplou as intervenções de Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão e ex-ministro da Agricultura, Marta Alter, do Monte, ACE, Miguel Guisado, da CAP, e Firmino Cordeiro, da AJAP.

Com moderação do Diretor Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Pedro Teixeira, a sessão foi bastante animada e participada, com numerosas intervenções de um público atento e interessado, permitindo abordar a importância da diversificação das economias locais, o papel dos diferentes agentes locais e regionais no Desenvolvimento Local de Base Comunitária e a forma como estes se podem articular para promover o desenvolvimento rural, no quadro do Acordo de Parceria que está a ser negociado entre o Governo português e a Comissão Europeia.

A conferência foi encerrada por Regina Lopes e pela Diretora-Adjunta do Gabinete de Planeamento e Políticas, Cláudia Costa, em representação do Secretário de Estado da Agricultura, que não pode comparecer por estar a acompanhar a visita do Comissário Europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural à Madeira.

Começando por salientar a oportunidade do encontro, dois dias depois de o Acordo de Parceria do governo português ter seguido para Bruxelas, Cláudia Costa disse que apesar do papel fundamental da agricultura nos territórios rurais, a diversificação das atividades em meio rural é absolutamente necessária.

Sublinhando ainda a importância da representatividade dos vários setores e atividades nas parcerias territoriais, referiu que há intenção de apostar na formação dos sectores agrícola e florestal no futuro Programa de Desenvolvimento Rural, que se pretende possa arrancar o mais cedo possível com o contributo de todos.

Juntando pessoas de várias organizações, de diferentes sectores, dispostas a partilhar os seus pontos de vista e ideias, «que dão pistas interessantes para trilhar os futuros caminhos dos territórios rurais», a presidente da MINHA TERRA considera que os objetivos do encontro foram amplamente atingidos.

Segundo Regina Lopes «os propósitos do trabalho que desenvolvemos há mais de 20 anos podem ir mais longe, integrando o Desenvolvimento Local de Base Comunitária».

Na sua opinião, preservando os princípios da Abordagem LEADER, apostando na inovação (aspeto mais importante do trabalho dos GAL), valorizando os recursos locais, privilegiando o trabalho em rede e uma intervenção de proximidade, atenta às realidades dos lugares e às necessidades das pessoas, este (novo) modelo de Desenvolvimento Local poderá responder aos desafios que se colocam aos territórios rurais.

 


Terra Viva 2019


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A 3.ª edição do programa Terra Viva da Antena da TSF deu voz e ouvidos a 54 promotores e promotoras de projetos, beneficiários da Medida LEADER do PDR2020 através dos Grupos de Ação Local do Continente, entre os dias 3 de junho e 9 de julho de 2019.

ELARD

 

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A ELARD, constituída por redes nacionais de desenvolvimento rural, congrega Grupos de Ação Local gestores do LEADER/DLBC de 26 países europeus. A MINHA TERRA foi presidente da ELARD no biénio 2018-2019.

54 Projetos LEADER 2014-2020

 
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Repertório de projetos relevantes e replicáveis apoiados no âmbito da Medida 10 LEADER do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 elaborado pela Federação Minha Terra.

Cooperação LEADER


Edição da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural e Federação Minha Terra, publicada no âmbito do projeto “Territórios em Rede II”, com o apoio do Programa para a Rede Rural Nacional.





[ETAPA RACIONAL ER4WST V:MINHATERRA.PT.5]