MINHA TERRA na Feira Nacional de Agricultura

2011-06-11

2011

Um workshop e um seminário assinalam a participação da MINHA TERRA na 48ª Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, reforçada por um stand de reafirmação da missão da MINHA TERRA e das 53 ADL federadas que gerem a aplicação do LEADER, em mais de 90 por cento do território nacional.

O worhshop dedicado à cooperação para o desenvolvimento, organizado com a colaboração da Rede Rural Nacional (RRN), juntou cerca de 30 Grupos de Ação Local (GAL) do Subprograma 3 do PRODER, na segunda-feira, 6 de junho.

O seminário, sobre o LEADER no quadro da PAC pós-2013, numa realização conjunta com a CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), contou com 120 participantes, entre outros, dos GAL, da RRN, da CAP e da MINHA TERRA, na terça-feira, 7 de junho.

No primeiro, falou-se da cooperação portuguesa e o apoio à sociedade civil, na perspetiva do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), da cooperação na estratégia e intervenção do MONTE, ACE/GAL do Alentejo Central, e de projetos de cooperação LEADER aprovados com os PALOP e outros países do Sul.

No segundo, do LEADER: a situação atual, no Subprograma 3 do PRODER, pela mão da Gestora do PRODER, e nos Programas de Desenvolvimento Rural, pela DG AGRI (Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural) da Comissão Europeia. E o futuro: qual o lugar do LEADER nos fundos europeus e quais as perspetivas da sua aplicação pós-2013, na perspetiva da DG AGRI e do MADRP (Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas). E ainda da avaliação do LEADER, por um especialista na matéria - António Oliveira das Neves.

Sobre a Cooperação - que se suscita (ainda) algumas dúvidas também gera muito entusiasmo - espera-se que seja bidirecional, descentralizada, concreta, dinâmica, participada? Em duas palavras, Olhos nos Olhos. Pois, sem cooperação não há desenvolvimento.

Sobre o LEADER: se, por um lado, esta abordagem única (territorial, multisectorial, inovadora, descentralizada e em rede), que conta já com 20 anos de prática e muitos adeptos, goza de uma imagem positiva, por outro, no quadro pós-2013, é tempo de reflexão, aprofundada e partilhada, para recuperar a versão «original» do LEADER, atualmente enleado num sem número de regras burocráticas.

A cooperação é também um processo de crescimento. Os resultados não chegam de um dia para o outro, nem existem modelos. Quem o diz é Marta Alter, coordenadora do MONTE. Organização com estatuto de ONGD onde a cooperação aparece, por acaso, em 2001, como uma oportunidade. Hoje, a cooperação inscreve-se na sua estratégia de intervenção, ditando os passos a dar pelos caminhos do desenvolvimento e os projetos sucedem-se, aportando conhecimento («expertise»), reconhecimento, estabilidade/instabilidade, e confiança para o futuro.

Hoje, a cooperação é a matriz das Associações de Desenvolvimento Local (ADL). É uma das áreas em que mais apostam e mais expectativas gera. As metodologias nem sempre são as mais eficazes, a moldura de financiamento nem sempre adequada mas a ambição é legítima. A cooperação não é um trabalho extra; é uma oportunidade para partilhar, aprender e alargar os territórios.

Preparar o futuro da cooperação é integrá-la nas Estratégias Locais de Desenvolvimento; é refletir sobre as particularidades que marcam a cooperação, que se pretende ver passar de um quadro assistencialista para uma ação horizontal e abrangente, mobilizadora de novos comportamentos e atitudes.

E se o momento é de mudança, é também de oportunidade, para defender as temáticas relacionadas com o desenvolvimento rural na agenda pública, como defendeu a presidente da MINHA TERRA, Regina Lopes. E, se não há dúvidas quanto à especificidade desta Abordagem/Metodologia para fazer desenvolvimento rural - como, aliás, denunciam os números avançados pela Gestora do PRODER, Gabriela Ventura, num ponto de situação do Subprograma 3 do PRODER/Abordagem LEADER, o que está em jogo é como operacionalizar o LEADER nos fundos europeus pós-2013.

Preparar o futuro do LEADER é um desafio partilhado, envolvendo todos os interlocutores, de forma a encontrar respostas e soluções comuns, através de um debate alargado, como também sublinharam Regina Lopes, Pedro Brosei da DG AGRI, e Manuela Azevedo Silva, Diretora-adjunta do GPP/MADRP.

Preparar o futuro é "olhar para as nossas organizações», alertou Regina Lopes, pois «a nossa maior responsabilidade é para com os nossos territórios, com as pessoas». Por outro lado, como evidenciou António Oliveira das Neves, há que potenciar o valor acrescentado das sucessivas gerações do LEADER, em busca da especificidade LEADER, revisitando as características da Abordagem LEADER e atualizando-as, por forma a ganhar espaço.

Preparar o futuro é trabalhar num quadro de profunda reflexão e debate, através de um diálogo construtivo e fazendo uso do capital de experiência de 20 anos da Abordagem LEADER que não pode ser, de forma alguma, desperdiçado.


Terra Viva 2019


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A 3.ª edição do programa Terra Viva da Antena da TSF deu voz e ouvidos a 54 promotores e promotoras de projetos, beneficiários da Medida LEADER do PDR2020 através dos Grupos de Ação Local do Continente, entre os dias 3 de junho e 9 de julho de 2019.

ELARD

 

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A ELARD, constituída por redes nacionais de desenvolvimento rural, congrega Grupos de Ação Local gestores do LEADER/DLBC de 26 países europeus. A MINHA TERRA foi presidente da ELARD no biénio 2018-2019.

54 Projetos LEADER 2014-2020

 
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Repertório de projetos relevantes e replicáveis apoiados no âmbito da Medida 10 LEADER do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 elaborado pela Federação Minha Terra.

Cooperação LEADER


Edição da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural e Federação Minha Terra, publicada no âmbito do projeto “Territórios em Rede II”, com o apoio do Programa para a Rede Rural Nacional.





[ETAPA RACIONAL ER4WST V:MINHATERRA.PT.5]