MINHA TERRA na MANIFesta»11

2011-07-11

«O LEADER continuará a ser uma importante ferramenta da política de desenvolvimento rural pós-2013». A ideia, cada vez mais consistente, à luz do debate sobre as futuras políticas da União Europeia, orientou a intervenção da MINHA TERRA no fórum organizado pela ADRAT na passada sexta-feira, 8 julho, na MANIFesta»11, em Montalegre.

De encontro ao tema do fórum - «Novas perspetivas de Desenvolvimento Local» -, a intervenção da MINHA TERRA (re)centrou o Desenvolvimento Local no próximo período de programação.

Após um breve retrato da «evolução» do LEADER em Portugal, da fase do «experimentalismo», entre 1991 e 1994, ao atual cenário, dominado por um LEADER «formatado», e perante o enorme ponto de interrogação que ainda subsiste para o pós-2013, Luís Chaves apontou algumas diretrizes para o próximo período de programação - onde o LEADER continuará a ser uma importante ferramenta.

Neste sentido, importa melhorar a implementação do LEADER com base nas lições do passado, nomeadamente: mais orientações para os Estados-membros (oferecendo flexibilidade para a aplicação); tornar o LEADER mais apto a melhor servir a inovação e a governança local; reforçar o papel das estratégias de desenvolvimento local como a ferramenta central; mais autonomia para as parcerias locais (para escolherem os projetos que melhor se adaptem às suas estratégias); maior foco em animação e capacitação; fortalecer a participação do setor privado nas parcerias.

Para a MINHA TERRA, os grandes desafios que se colocam às organizações do Desenvolvimento Local passam pelo acompanhamento (minimizar as deficiências na transposição das políticas da União Europeia para Portugal), a qualificação (técnica), as estratégias (integradas e monitorizadas), as parcerias (reforçadas e representativas) e os territórios (coerentes e com dimensão adequada).

Os novos caminhos para o futuro foi, de resto, a tónica dominante nos debates promovidos na VIII MANIFesta que fechou portas domingo, 10 de julho, com a Declaração de Montalegre.

O documento - disponível na página na internet da MANIFesta 2011 - afirma que, face aos aspetos críticos da atual «crise de origem estrutural e multifacetada», nas várias dimensões (económica, financeira, social, política, cultural, ambiental, territorial, associativa), se devem contrapor «formas alternativas de atividades económicas reveladoras de lógicas de solidariedade e de cooperação».

A VIII MANIFesta decorreu de 7 a 10 de julho em Montalegre, numa demonstração que o «Barroso é a prova de que a interioridade não tem de ser uma fatalidade» mas, pelo contrário, «aguça a criatividade, a inteligência e a capacidade de estabelecimento de redes e parcerias para a resolução de problemas concretos».

A organização desta edição da MANIFesta - sob o tema «Mobilizar e participar para uma economia sustentável» - foi da responsabilidade da ANIMAR e de um consórcio local formado pela ADRAT - Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega, Câmara Municipal de Montalegre e Ecomuseu do Barroso.